terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dos Gracie ao domínio do UFC, conheça a história do MMA

Matéria do UOL Esporte , Em São Paulo, 16/08/2011 - 07h01
 Dos Gracie ao domínio do UFC, conheça a história do MMA em 7 capítulos
A duas semanas da volta do UFC ao Brasil, o UOL Esporte traz um pouco da história do esporte que mais cresce no mundo. Veja em sete capítulos os personagens que criaram a modalidade, como o vale-tudo virou MMA (artes marciais mistas), quem dominou o esporte no início, quem são as primeiras grandes estrelas e como UFC virou sinônimo de MMA.

1. Os desafios de Carlos, Hélio e Carlson Gracie

Aluno do japonês Mitsuyo Maeda na juventude, Carlos Gracie aprendeu a centenária arte marcial japonesa do judô, ou jujutsu, mas mais que isso, a usou como base para criar o jiu-jitsu moderno. Onze anos mais novo, Hélio Gracie teve seu irmão como grande mestre e terminou de desenvolver a luta que viraria um verdadeiro sinônimo do sobrenome da família, além de ter a disseminação da modalidade como principal meta de vida.

O sucesso do jiu-jitsu nos principais centros do país, por conta de sua eficiência, passou a chamar a atenção de outros estilos de lutas, começando uma verdadeira tradição familiar de desafios entre lutadores, que não tinham qualquer tipo de regra. Os primeiros, no início do século 20, foram com Carlos, mas ganharam espaço com Hélio.
Com 17 combates de vale-tudo e apenas duas derrotas entre as décadas de 1930 e 1960, Hélio ganhou status de lenda nas lutas do Brasil dentro dos ringues. Ainda em desafios que tinham ares de briga, a família Gracie foi sucedida à altura por Carlson, filho mais velho de Carlos. Com ele, foram 19 lutas e apenas uma derrota, mantendo o nome da dinastia em alta e abrindo as portas para a geração seguinte solidificarem as bases para o MMA.

2. A criação do UFC e o fenômeno Royce Gracie

Filho de Hélio Gracie, Rorion aproveitou o sucesso que vinha tendo como professor de jiu-jitsu nos Estados Unidos para profissionalizar os desafios protagonizados por sua família no Brasil. Com essa ideia na cabeça, criou o Ultimate Fight Championship, colocando lutadores das mais diversas artes marciais, e dos mais variados pesos, frente a frente dentro de um ringue no formato de um octógono e cercado por grades.

Como não poderia ser diferente, o primeiro grande nome do UFC foi um Gracie. Mostrando toda a eficiência jiu-jitsu, Royce - também filho de Hélio - venceu três das quatro primeiras edições do evento, somando 11 vitórias por finalização, assombrando o mundo das lutas e se tornando a primeira grande estrela do vale-tudo moderno.

3. O samurai Rickson Gracie no Japão e o Pride

Se nos Estados Unidos Royce tratava difundir o nome da família Gracie no UFC, seu irmão Rickson, fazia o mesmo no Japão. O país berço do antigo jiu-jitsu deu o apelido de ‘samurai’ ao brasileiro que cruzou o mundo para vencer nove lutas em seis anos - além de duas que tinha feito com Rei Zulu nos anos 1980 no Brasil - e se aposentar sem uma única derrota.
As vitórias espetaculares de Rickson pareceram ter reacendido a paixão milenar dos japoneses pelas lutas, o que culminou com a criação do Pride, o maior evento de MMA já feito até hoje. Com lutadores alçados ao patamar de heróis nacionais, o torneio lotava estádios no país e não foram poucas as edições que reuniram mais de 40, 50 e até 90 mil pessoas.             Texto tirado na integra  do site UOL                                                                       
 


 

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