quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ícones das lutas incentivam prática de artes marciais para vítimas de bullying.

Mais de uma década depois do massacre que matou 15 pessoas no colégio de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999, quando a discussão sobre as consequências do bullying contra jovens explodiu em todo o mundo, o tema voltou à tona com força. Com o astro do maior evento de MMA do mundo Georges St-Pierre como um dos principais porta-vozes, as artes marciais aproveitaram essa retomada do assunto para iniciar uma campanha pelo seu uso contra o problema.
VEJA A CAMPANHA DA ACADEMIA GRACIEUm dos maiores ídolos do esporte do Canadá e campeão dos meio-médios do UFC, GSP estrelou uma campanha contra o bullying na TV do país e revelou que sofreu com ele quando criança. “Tive uma infância muito dura, com grandes problemas. Não tive muitos amigos quando criança. Sou uma pessoa intelectual e de uma cidade pequena.”

“Meus amigos também eram mais intelectuais e pouco populares, como eu. Não queríamos ser jogadores de hóquei como todo mundo. Tinha problema com acne, não me vestia muito bem e não era popular com as garotas. Eu definitivamente não era um cara popular”, contou o lutador em entrevista ao site norte-americano Yahoo.com.

Espancado com frequência, sua vida começou a mudar quando passou, aos 13 anos, a treinar caratê, arte marcial em que se tornou faixa-preta, seu primeiro passo no mundo das lutas. “Eu me tornei forte o suficiente para me defender. Com 14 ou 15 anos, ninguém mais podia tocar em mim”, contou St-Pierre.

Era um ambiente muito hostil, não ia para a escola para aprender, mas sim para sobreviver. Era realmente assustador. Você não pensa no que o professor está falando, mas sim em como fugir quando o sinal bater.

Nunca tive a chance de me vingar dos garotos que me agrediam. E não quero mais fazer isso. Crianças fazem coisas idiotas. Não tenho raiva e os perdôo.

Georges St-Pierre, sobre a época em que sofria bullying em sua no escola Canadá “Não quero apenas ajudar as criança que sofrem bullying, mas também mudar a cabeça de quem pratica, mostrar que o que eles fazem é algo ruim”, completou o canadense.

Quem também entrou na campanha foram as academias Gracie, pioneira no ensino do jiu-jitsu. Encabeçada pelo mestre Rolker Gracie, filho do patriarca Hélio e irmão da lenda do UFC Royce Gracie, as escolas que levam o nome dos criadores da arte marcial prepararam aulas especiais para que os alunos possam enfrentar o bullying.

“Isso é um pouco antigo para nós, mas um aluno nosso dos Estados Unidos, junto do meu irmão Rorion, decidiram trazer isso mais forte novamente. Essas aulas ensinam as crianças a se defenderem contra agressões, seja de uma pessoa, como de duas, três ou até mais. É uma aula com muita prática de defesa pessoal”, contou Rolker.

Gracie explica que as classes são indicadas para jovens de 7 a 17 anos, mas deixa claro que não há qualquer incentivo a um revide violento por parte das vítimas de bullying. “O jiu-jitsu é uma grande arma para se defender de alguém que queira te rebaixar ou te ridicularizar. Aqui, eles ganham autoconfiança para encarar qualquer problema”, completou o mestre.

Psicólogos também apostam nas artes marciais

OS NÚMERO DO BULLYING EM ESCOLAS DO BRASIL

45% das escolas de ensino fundamental do Brasil sofrem com o problema

49% dos jovens estão envolvidos na prática

22% são vítimas

15% são agressores

12% estão de ambos os lados

*segundo pesquisa do Ibope

A reportagem do UOL Esporte consultou três profissionais de psicologia especializados no trabalho com jovens e crianças e todos tiveram discursos semelhantes sobre o assunto.

Apesar de não haver nenhum estudo específico na área sobre o uso das artes marciais contra o bullying, eles apostam na prática como forma de discussão e prevenção do problema.

“Em toda prática esportiva, principalmente nas que existe o contato, há competição, há cooperação, e os conflitos aparecem e podem ser tratados, discutidos. O que é necessário é que o tema seja sempre abordado diretamente, explicando o que está acontecendo e que possa se refletir. As pessoas precisam se colocar no lugar de quem sofre com isso”, explicou a psicóloga Ana

Materia do Uol.uol/esporte/lutas/
Repostei pois achei que merecia destaque, pois sou totalmente a favor desta idéia; O site UOL esta de parabens pela reportagem.

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