sábado, 16 de abril de 2011

Royce Gracie comenta as diferenças do UFC atual e o da sua epoca,tambem fala sobre Anderson Silva.


Royce Gracie tornou-se um mito do mixed martial arts lutando nos primórdios do UFC, onde venceu três das quatro primeiras edições do evento que se popularizou anos depois com a aquisição da marca pela Zuffa. O ícone do esporte atualmente mora nos Estados Unidos onde ministra seminários e ensina a arte suave que se notabilizou como sendo a mais eficiente graças aos desafios de estilo promovidos pelo pais e pelos tios há décadas. O nome do brasileiro tem sido mencionado entre os prováveis participantes UFC 134 , que ocorrerá no Rio de Janeiro, em agosto. Em entrevista ao UOL Esporte, Royce comparou o atual MMA com o de sua época e também comentou sobre o reinado do campeão Anderson Silva. Confira trechos da entrevista: “A base do UFC na verdade foi criada há décadas e décadas, pelo meu pai e tios. Eles queriam divulgar nosso de jiu-jitsu como a melhor defesa pessoal do mundo. E só havia uma maneira de fazer isso. Lutando contra outras artes, sem regras e sem peso. Foi isso o que meu pai criou há 70 anos, e o UFC de hoje virou um produto disso. Mas na minha época não havia todas essas regras e imposições, luvas, tempo de luta, peso… Era outra coisa.” “Quando o Rorion [Gracie, irmão de Royce] criou o UFC, ele manteve o estilo de campeonato que meu pai criou. Um cara tinha que lutar com o outro sem peso, sem luva e quase sem regras. Hoje o UFC é um show. Você paga seu ingresso para assistir a um evento, como se fosse um show de rock. Antes, o objetivo era ver qual arte era a melhor, mas hoje colocam dois lutadores com estilos combinados de arte.” “[A popularização] Era algo necessário. Era preciso transformar o esporte em um show, para vender mesmo. Começaram a colocar muitas regras para ter esse show. Quando começamos, não era assim. Não tinha peso, não tinha limite de tempo. Queríamos apenas ver qual era o melhor estilo de arte marcial, mas não seria tão popular assim.” [Barreiras] “A ideia era materializar os conceitos do meu pai e tios nos Estados Unidos. Mas enfrentamos muitas barreiras, principalmente por causa da comissão de boxe. Não os incluímos na jogada e eles fizeram tudo para dificultar. Tínhamos limitações para fazer em três ou quatro estados apenas, não podia passar nada que não fosse em pay-per-view, coisas assim. Mas aos poucos o público viu que era algo interessante e entendeu o conceito. Por isso, está tão grande hoje em dia.” [Anderson Silva] “Ele é o campeão e para ser campeão não é fácil. Ele não ganhou tudo isso à toa, não foi na sorte. Mas uma derrota sempre acontece. Um dia vai acontecer. Até lá, tem que ver quem vai conseguir isso, mas sempre acontece.”

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